SIEMACO recebe presidente da Câmara e tenta reverter demissão em massa da Limpeza Urbana de Ribeirão Preto
Durante esta quarta-feira (12), o SIEMACO Ribeirão Preto trabalhou para tentar reverter a demissão em massa de 10% dos funcionários da Estre Ambiental, empresa responsável a Limpeza Urbana do município. O sindicato foi avisado por e-mail de que haveria o desligamento de 30 trabalhadores no dia 24 de agosto e argumentou contra a decisão, sendo pego de surpresa com a antecipação desses desligamentos na manhã de ontem.
Segundo a Estre, houve um contingenciamento a pedido da prefeitura de Ribeirão Preto, com diminuição de repasse de valores, obrigando a empresa a reduzir seu quadro. Para João Capana, presidente do SIEMACO, sindicato que representa os trabalhadores da categoria na região, o processo foi feito de forma unilateral, sem diálogo com o sindicato e de forma abrupta. “Os trabalhadores da Limpeza Urbana, que foram chamados de heróis pela sociedade, pois trabalharam incansavelmente durante a pandemia, tiveram a demissão como forma de reconhecimento do prefeito Duarte Nogueira. Agora estão desamparados, no momento que mais precisam. Não iremos aceitar isso de braços cruzados e já estamos tomando as medidas cabíveis”, disse.
Segundo Capana, haverá redução do trabalho de Limpeza Urbana, com dias intercalados, expondo a população durante a pandemia e enfraquecendo uma atividade de saúde pública essencial para a cidade. “Ao invés da prefeitura reforçar esse importante trabalho, num momento de pandemia e de retorno das atividades no município, ela deixa o cidadão mais exposto, colocando a questão financeira na frente da vida das pessoas. Esperamos que o prefeito Duarte reveja essa posição equivocada”, completou.
Presidente da Câmara se solidariza com os trabalhadores
Na manhã desta quinta-feira (13), o presidente da Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto, vereador Lincoln Fernandes, esteve na sede do SIEMACO para saber mais sobre o caso. O parlamentar fez um requerimento ao prefeito pedindo mais explicações sobre o caso.
O documento questiona se “mesmo levando conta todas as alternativas possíveis, a prefeitura municipal não conseguiu encontrar uma forma que assegurasse o emprego destes trabalhadores m tempos de pandemia?”.
No ofício, o vereador afirma que “em princípio, mesmo contratualmente não existe nenhum fundamento sustentável que justificasse tal atitude administrativa”. O texto também aborda a questão socioeconômica dos demitidos e a saúde pública do município. “A contratada, ao realizar a contenção de gastos, não demitiu somente trinta garis ou varredores de rua, mais pais e mães diretamente responsáveis pela manutenção da família. (…) a redução destes profissionais, os quais realizavam diariamente o heroico trabalho de tentar manter habitável nossas ruas, fará com que as vias públicas fiquem abandonadas, acumulando lixo e outros dejetos causadores e/ou propagadores de doenças”.